Era uma vez,
uma história mal contada
Vista sob seu olhar embranquecido
Que tenta há anos apaga-lá
Era uma vez,
uma grande mentira:
Dizer que racismo não existe
E que preto se faz de vítima
Carregada dos navios negreiros
Ao camburão
Preza dentro das senzalas
Às grandes de prisão
As lágrimas caídas ao mar
Os dialetos perdidos em terra
Nosso ouro indecentemente roubado
E o branco sempre privilegiado
Cultura rica,
transformada em mercadoria
Liberdade falsa,
trajada de alforria
Suor do nosso trabalho,
aquela famosa "mais valia"
A história ignora sorrindo
Nós resgatamos com irreverência e maestria.
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