Alunos
da UNIFESP realizam aulas gratuitas de língua e cultura brasileira à refugiados
na região
Foto: Kenia Santos |
Pensando nisso, um grupo
de alunos de Letras da Universidade Federal de São Paulo idealizou o projeto
MemoRef – Memorial Digital do Refugiado, que tem como intuito geral a inclusão
do refugiado à sociedade através de ações socioculturais que o beneficiem de
alguma maneira.
Marina Renoldes, Ingrid
Albuquerque e Beatriz Rocha, criaram o projeto em 2015 e atualmente, 15
voluntárias se dividem entre professoras e monitoras, tendo atendido até aqui diversos alunos sírios, africanos, camaroneses, entre outras nacionalidades.
Uma das monitoras,
Caroline Seemann, comentou sobre a importância do aprendizado da língua
portuguesa para os refugiados: “Sabemos que o idioma é a primeira barreira que
eles enfrentam ao chegar aqui. Sem isso não há como se comunicar, ir ao mercado
ou correr atrás da sua documentação, por exemplo”.
O MemoRef se divide hoje
em três eixos: a realização de aulas gratuitas de língua e cultura brasileira,
a promoção de oficinas multiculturais e a produção e organização de depoimentos
para difusão de cultura e memória, através da disponibilização digital. Além
disso, o projeto criou e lançou um material de língua e cultura brasileira
específico para o grupo acolhido, o livro “Recomeçar: língua e cultura
brasileira para refugiados”. Dentro dele há uma abordagem de temas cotidianos
para que os alunos consigam realizar atividades básicas dentro de sua nova
realidade.
Com apoio da direção
acadêmica e o aporte da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), mensalmente
o grupo de alunos tem a possibilidade de passear por pontos turísticos de São
Paulo, podendo estender assim, todo o aprendizado absorvido em sala de aula,
com o acompanhamento de professores e monitores.
Levando em conta em toda
comunidade refugiada vivendo no nosso país, o projeto atinge ainda um pequeno
número, entretanto, essa ação com certeza faz diferença não só na vida de quem
a recebe, mas também, de quem a pratica, como ressalta Caroline: “Sinto que
tenho feito alguma diferença na sociedade. É indizível a emoção ao observar a
evolução dos alunos e a troca de culturas, eu ensino e aprendo muito em cada
aula”.
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